Limoeiro do Norte. O nome do bloco é Balançando Limoeiro, mas ninguém deixa de identificá-lo pelo nome da bandinha de metal: “Buchada da Adélia ”, que, por sua vez, homenageia a humilde senhora cozinheira de buchada, panelada e derivados que “curavam” a ressaca dos foliões dos carnavais dos anos 70 e 80. Como em todos os cinco sábados que antecedem o Carnaval, o bloco desfila hoje pelas antigas ruas de Limoeiro.
O “Balançando Limoeiro” existe há seis anos e promove desfiles pelas ruas tradicionais da cidade, ritmados pelas marchinhas já antes do período momino. Do “Ô Abre Alas”, de Chiquinha Gonzaga, ao “Mamãe eu Quero”, de Jararaca e Vicente Paiva, a banda passa em ritmo de frevo, marchinha e samba, levando os foliões. Quem gosta de Carnaval dificilmente resiste à bandinha passando na porta de casa.
O “Balançando” representa resistência ao arrefecimento do tradicional Carnaval de rua que, na década de 80, movimentava a cidade com os blocos “Jaguar” e “Vira Copos”. Têm jovens e idosos, cristãos e pagãos, vai até a enfeitada Carmem Miranda, homenageada pelo cabeleireiro Arísio Barros, da Associação de Apoio aos Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros. “No começo tem pouca gente, mas aos poucos as pessoas vão saindo nas calçadas das casas e entrando no bloco, chegando a mais de mil”, conta o coordenador do bloco, Gerônimo Osterne. Desde a tarde do sábado, fogos sonorizam a contagem regressiva, porque “a noite é da Buchada da Adélia”.
Fonte:https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/regiao/buchada-da-adelia-revive-antigos-carnavais-1.157018